Chovia muito na estrada Lucy e Diana voltavam de uma viagem a negócios, no qual receberiam um dinheiro extra, para viajar, no mês de julho, já que as férias estavam chegando.
Lucy-Mãe freia o carro! Freia o carro! –gritava desesperada.
Diana-Eu não consigo, o freio não funciona!
L-Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhh...-o carro bateu em uma árvore. A batida deixou Lucy desacordada e acabou matando sua mãe na hora. Pouco tempo depois alguns carros que ali passavam pararam para prestar o socorro e chamaram a ambulância. As duas foram levadas para o hospital de Belo Horizonte.
L-Onde eu to?- acordando confusa e logo vendo sua avó Sophie McWayans ao lado de sua cama.
Sophie-Minha querida sei que não vai ser nada fácil para você- disse lentamente e deu um abraço prolongado, acolhedor e extremamente maternal.-mas...- disse soltando a neta e deixando escapar uma lágrima.
L-O que?- disse secando a lágrima no rosto da avó, tentando se manter calma.
S-Bom...- pausando novamente –sua mãe...
L-Onde ela está?- tentando se levatar da cama. –onde ela está vó?
S-Filha... infelizmente... ela... ela... ela – respirou fundo –ela faleceu –abaixando o rosto, tentando não mostrar que começara a chorar.
Lucy ficou sem expressão, não chorava, havia tomado um choque, já que não se lembrava do que havia acontecido e sentia sua cabeça doer muito.
L-Ela morreu! –exclamou em tom de pergunta.
Sophie levantando o rosto e secando as lágrimas confirmou.
S-Sim – e logo abraçou a neta novamente.
Lucy teria que passar a noite novamente no hospital, estava ali já havia dois dias e o enterro de sua mãe, seria no dia seguinte. Lucy estava em observação, mas ela não teve uma noite boa. Felizmente sua avó passou a noite no hospital junto a ela. O pouco que dormira, sonhava com sua mãe.
No dia seguinte, pela manhã Lucy recebeu alta. Ela vestiu-se de preto, como sinal de luto e foi para o cemitério acompanhada pela sua avó. No cemitério encontrou vários amigos, além de seus familiares. Ainda sem conseguir reagir, não falava nada, apenas ficava ao lado do caixão de sua mãe, sem conseguir chorar. Muitos pensavam que ela estava indiferente a morte de sua mãe, mas o que poucos sentiam era a dor interna que ela estava sentindo. Já que era a que mais sofria, junto com seu avô materno Conrado.
No final do enterro Lucy foi para o carro com sua avó, onde conversaram sobre onde Lucy ficaria.
L-Onde está o meu pai?-falando pela primeira vez.
S-Não pode vir, pois como você sabe anda ocupado, com a sua campanha.
L-Imagino –chateada .
S-Creio que queira pegar algumas coisas em casa.
L-Sim.
S-Você dormirá comigo no hotel em que estou. Amanhã embarcamos para Londres. Tudo bem?
L-Sim.
S- Sean - Sean era o motorista que veio com a Sophie.- vá até este endereço, minha neta precisa pegar algumas coisas.
Sean-Sim senhora.
L-Vovó.- disse ainda muito séria.
S-Sim!?
L-Bom... é verdade que meu pai ta namorando? Quer dizer, ele ta namorando alguém?-perguntou timidamente.
S-Oh querida, como sabe disso?
L-Eu acesso vários tablóides britânicos, sei que são sensacionalistas. E eu acabei vendo uma foto dele com uma mulher jovem, se não me engano de nome Blair.
S-Blair Proust.
L-E é verdade?
S-Sim-um pouco sem graça –está namorando a filha de um duque inglês.
L-E eu sei que ela tem uma filha.
S-É.
L-Não posso acreditar nisso. Acabei de perder minha mãe e meu pai ta namorando uma mulher, que ainda por cima tem uma filha. E ele nem vem me ver, por causa de uma campanha?
S-Calma minha filha. Não fique assim.
L-Vovó... não dá – encostando sua cabeça no ombro de sua avó e começando a chorar.
S-Calma. Não vale a pena estressar por isso.
Lucy chorou, estava muito triste. Logo chegaram a sua casa.
L-A senhora pode entrar comigo?-perguntou a avó.
S-Sim.
As duas desceram do carro, Entrando
Quando suas coisas já estavam arrumadas, ela passou no quarto da mãe e começou a lembrar dos bons momentos que passaram juntas. Ficou ali por pouco tempo, não agüentava a saudade e quando lembrava de sua mãe, sentia como se tivesse um nó na garganta, não conseguia chorar e nem sorrir. Assim ela pegou seu violão e saiu da casa. Sua avó trancou as portas enquanto Sean colocava as malas no carro. A casa ficaria na supervisão de seu avô Conrado que a venderia.
Assim que Sean colocou todas as malas no carro eles partiram para o hotel que sua avó estava hospedada.
S-Partiremos amanhã o mais cedo possível. Nossa viagem está marcada para as 09:00 horas.
L-Tudo bem.
Chegando no hotel já era bem tarde, passava das 22:00. Lucy foi tomar um banho, comeu alguns biscoitos e logo foi se deitar. Tendo uma noite um pouco melhor que a anterior. No dia seguinte Lucy foi despertada pela sua avó as 06:00 da manhã, para que pudessem chegar a tempo.
Saíram do hotel as 07:00. E embarcaram as 08:30, com a decolagem do avião as 09:00. Seria mais um dia cansativo, já que seriam aproximadamente 12 horas de viagem.
No aeroporto de Londres, pegaram suas bagagens. E Lucy pensava consigo mesma:”Porque será que meu pai não veio me buscar aqui no aeroporto?”. Quando saíram do terminal de embarque logo encontraram Erik, o motorista da família, este que levou as bagagens para o carro. Durante todo o percurso todos se permaneceram calados. Sophie estava sentada perto de uma janela e Lucy perto da outra.
Eveny Street era um pouco distante do centro de Londres, seria pouco mais de uma hora para chegar. Era uma mansão antiga, com alguns traços modernos. Era passada de geração, para os primogênitos da família.
Assim que chegaram a mansão, Lucy desceu do carro e foi calorosamente recebida pelos empregados da casa.
L-John! – gritou ela. – que saudade. –abraçando o mordomo da casa.
John-Também senti saudades senhorita. Há quanto tempo não a vejo. –disse dando um largo sorriso.
L-Rachel. – também abraçando.
Rachel-Olha só pra você, tão grande, bonita. – disse feliz.
L-Obrigada, mas você também está tão bonita. – Rachel agradeceu com um sorriso, envergonhada. –Jared. Que bom te ver aqui.
Jared-Eu também fico feliz em te ver, senhorita. Aqui estão, as mais belas rosas, colhidas ao anoitecer. –disse cordialmente.
L-Ahn –surpresa – mas que lindas, como sabia que adoro rosas?
Jared-Alguns palpites que me deram.
L-Muito obrigada. – disse esboçando um sorriso.
S-Entre querida. – disse chegando perto da porta.
John-Seu pai está
L-Meu pai? John coloque as flores na água pra mim, e depois leve para o meu quarto.
John-Tudo bem.
Lucy correu o mais rápido que pode para o seu quarto. Estava feliz em poder ver o seu pai, apesar de estar triste pelo fato de que ele nem havia ligado pra ela, ao menos pra saber como estava depois da morte de sua mãe. Mas o fato era que, ela veria seu pai depois de tanto tempo. Quando abriu a porta de seu quarto.
L-Pai! – chamou.
Freeman se levantou da cama, que estava sentado para receber sua filha.
L-Que saudade –correu para abraçar o pai. –porque não foi me buscar ou ao menos me ligou? – começando a chorar.
Freeman-Desculpe-me, minha filha, foi à correria. Eu queria ter ido te buscar no aeroporto, mas cheguei aqui não faz muito tempo.
L-Sei. – disse tristemente. –mas porque esta chorando?
F - Saudades...
L-Mamãe? – tinha visto algumas fotos de sua mãe, e dos seus pais juntos espelhadas em cima de sua cama. –Está chorando por causa dela?
F-Sim – disse seu pai.
L-Se gostava dela, porque não foi no enterro dela? – perguntou sem entender – e porque não ficou com ela em vida?
F-Coisas de adulto. Você nunca entenderia, não é coisa pra criança.
L-Pai, eu não sou criança, tenho dezessete anos.
F-Me desculpe.
L-Não precisa se desculpar, apenas queria que você e a mamãe ficassem juntos.
Freeman não disse nada, preferiu ficar calado.
L-Pai, eu já sei que ta namorando alguém.
F-Mas como? –perguntou constrangido.
L-Tablóides. Eu leio.
F-Eu queria te contar pessoalmente, mas você sabe como eles são. –disse sem graça.
L-Bom, mas agora eu já sei.
F-É. Mas sabia que Blair está querendo muito te conhecer? – disse alegrando-se.
L-Legal-desanimada.
F-Já faz um bom tempo que ela vem me pedindo isso. Eu prometi a ela, que assim que você viesse aqui eu marcaria um jantar em comemoração.
L-Pai, muito legal isso, mas pra falar a verdade eu não to em clima de comemoração. Pra mim esses últimos dias tem sido muito difíceis. Perdi minha mãe a menos de uma semana, vou morar em um país diferente.
F-Você tem razão. Blair e sua filha também estão em viagem, e ficarão fora do país por pelo menos um mês.
L-É vai ser melhor. Acho que vou estar em dias mais alegres.
F-Mas e como você ta? Sei que foi tudo de repente.
L-Foi, como as pessoas te contaram, creio! Mas eu não me lembro de muita coisa, os médicos disseram que eu desmaiei, então não sei de praticamente nada.
F- Mas agora você ta aqui. Vou cuidar de você.
L-Espero. – disse dando um pequeno sorriso.
F-Ainda bem que você não sofreu com esse acidente.
L-Os médicos disseram que eu tive muita sorte, porque eu só sofri alguns arranhões nos braços e alguns no rosto.
F-E isso é verdade.
L-É.
F-Mas olhe só as horas. Você deve estar cansada, é melhor ir tomar um banho, comer algo e descançar. E bom eu tenho uma surpresa pra você.
L-Sério? O que é? – curiosa.
F-Só depois que tomar um banho e comer alguma coisa.
L-Isso não é justo.
F-Quanto mais rápido você for melhor pra você.
L-Tudo bem. – disse saindo.
Lucy foi direto para o banheiro, tomou banho quente, já que fazia frio. Depois do banho foi para a cozinha onde comeu alguns biscoitos e um copo de leite, assim que terminou foi procurar o pai. O encontrou em uma sala confortável, onde sua avó e seu pai tomavam chá.
F-Que bom que chegou! –sorrindo.
L-...-apenas sorriu.
F-Vem, vou te mostrar a supresa. Que na verdade são duas. –se levantando e saindo da sala seguido da filha.
Lucy não estava entendendo nada, seu pai não havia lhe explicado. Estavam indo em direção aos quartos.
L-Pai, qual é a surpresa? -curiosa.
F-Calma ai mocinha... –sorrindo, e logo parou na porta de um quarto. –Essa é a surpresa. –disse apontando para a porta. –vamos! Abra!
L-Tudo bem –ainda sem entender. Mas ao abrir a porta do quarto Lucy teve uma grande surpresa, era um quarto maior do que o outro, e ainda mais bonito, com uma visão para um dos jardins.
F-Esse é o seu novo quarto! –disse entrando seguido da filha –achei que esse seria mais confortável. O outro era de visita, e ...
L-Pai! Não precisava – ainda surpresa . –esse quarto é... perfeito!!!
F-Gostou mesmo? –sorrindo.
L-Ahn... adorei.
F-Bom, não sabia as suas cores preferidas, então Blair me ajudou a escolher, enquanto a sua avó estava fora.
L-Muito legal a cor, eu gosto dessa cor. Rosa é legal. –encantada com o quarto.
F-Que bom. –apenas observando a filha.
L-É! –se sentando na cama.
F-Rachel irá te ajudar a arrumar as coisas. E... John já deve estar trazendo as suas malas pra cá.
L-Ok.
F-Vem, deixa eu te apresentar sua outra supresa. –saindo do quarto e puxando Lucy.
L-Aonde nós vamos?
F-Ahn...não sei se você vai realmente gostar dessa outra surpresa. É mais para o seu bem, para a sua proteção. –disse sério.
L-Sei. –ainda desconfiada.
F-Bom... eu contratei um segurança pra você, ele vai te proteger e te levar aonde você quiser.
L-Mas eu não preciso disso. Sei lá, quem vai me seqüestrar?
F-Lucy, aqui na Europa, você é muito conhecida. Não é simplesmente Lucy. Mas sim um McWayans, filha de um Lord. Precisa de proteção.
L-Ahn...
F-Bom... continuando, eu quero apenas sua proteção.
L-Ok.
F-Eles estão no esperando, venha. –seguindo para o seu escritório.
L-Ta... mas eu ainda acho que não necessito. Mas vou lhe obedecer. –disse seriamente, enquanto chegavam ao escritório do pai.
F-Entre. –abriu a porta para Lucy, que ao entrar, viu parado junto a mesa, um homem, e um rapaz.
L-Boa noite –disse educadamente.
F-Boa noite, cavalheiros. –sentando-se no seu lugar.
--Boa noite –responderam juntamente.
F-Lucy, você não deve se lembrar do Andrew Summers. Ele é o chefe da segurança de nossa casa.
L-Olá, senhor Summers. –educadamente, sendo respondida com um sorriso tímido.
F-E esse ao seu lado, é seu filho Jake Summers. –apontou para ele.
L-Olá –sorriu, timidamente.
Jake-Olá, senhorita McWayans. –sorrindo.
“Que belo sorriso”, pensou Lucy.
F-Há algum tempo Andrew treina seu filho, para o trabalho de segurança. E com a sua chegada, resolvemos que uma pessoa que estivesse ao seu lado para te proteger todo o momento, seria a melhor ideia.
L-Sim. –disse atenta.
F-Jake, irá estudar com você.
L-Certo. –disse ainda com naquele tom eu-não-preciso-de-segurança.
A-Acho muito cedo para contarmos todo o plano pra ela. Ela deve estar confusa. Muitas coisas.
F-Realmente. Mas querida, quero que saiba que isso é apenas para o seu próprio bem.
L-Tudo bem, pai. –esboçando um tímido sorriso.
F-Bom, chega de surpresas por hoje! Acho melhor ir para o seu quarto, descansar. Amanhã falaremos mais, sobre a sua segurança.
L-Ok. –disse indo até seu pai e lhe dando um beijo na testa. –Boa noite para vocês. –se despedindo de Jake e Andrew.
--Boa noite –reponderam.
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Samantha-Mãe! Para! –gritou.
Julie-Não vou parar... eu bebo o quanto eu quiser. –pegou mais uma garrafa.
Sam-Mãe, por favor –começando a chorar.
Jul-Samantha, não começa. Você sabe que eu bebo... mas eu faço isso pra me sentir melhor.
Sam-Você não precisa disso. Já é melhor sem a bebida. –chorando.
Jul-Eu faço isso pra colocar dinheiro nessa casa.
Sam-Mãe, você é uma famosa, talentosa. Todos sabem disso. Não precisa beber pra que o mundo saiba. Acho melhor me passar essa garrafa.
Jul-Não mesmo. O mundo ainda não viu todo o meu potencial.
Sam-Você está acabando com a sua carreira. –chorando.
Jul-Não estou.
Sam-Não é porque o papai foi embora, sem te falar nada, ninguém sabe pra onde ele foi! Mãe!!! Acorda... você é linda, jovem... e
Jul-Samantha.. para você. Não quero ouvir!
Sam-Mas devia.
As brigas ficavam cada vez mais freqüentes, o que fazer? Já fazia um ano, desde que o pai de Samantha havia partido, sem deixar rastros, pistas... nada. Ninguém sabia seu paradeiro. Samantha, vinha sofrendo por sua mãe, que ficava cada vez mais viciada em bebida alcoólica. Sua única fuga, era ficar na casa de sua amiga Rebecca. Julie Taylor, famosa estilista, criadora da marca Taylor, criava modelos de roupas, óculos, chapéus, bolsas... tudo que se pode usar. Ficara muito famosa por suas criações, mas estava em decadências, por causa de seu novo vício, além de sua profunda depressão, por ter sido abandonada por seu marido.
Sam-Mãe... por favor!! Você é melhor que isso.
Jul-Me esquece garota –empurrando a filha e saindo do quarto.
Hey Lud! Dei uma passada e li seu capítulo rapidamente. Fico feliz que tenha resolvido continuar a história. Gostei do começo, ta tudo bem simples e da para entender bem. O nome da personagem principal também é lindo! Poste mais capítulos!
Bjuuux